quarta-feira, dezembro 28, 2005

Novos sacos de sementes



Os novos padrões mais suaves dos sacos de sementes com cheiro a alfazema... óptimos para as cólicas dos bebés e para aqueçer as caminhas nas noites frias....

10€ mais despesas de envio 2€

quinta-feira, dezembro 22, 2005

sexta-feira, dezembro 16, 2005

O QUE É PARENTAGEM DE APEGO?

Por Jan Hunt, Psicóloga Directora do "The Natural Child Project"

Parentagem de apego, em termos simples, é confiar no que diz o nosso coração. E se fizermos isso vamos descobrir que confiamos na criança. Confiamos nela da seguinte forma:
1. Confiamos que ela está a fazer o melhor que pode, considerando-se toda a experiência que já teve até aquele momento.
2. Confiamos que embora ela seja pequena em tamanho, ela é um ser humano tão completo quanto nós e merecedora como nós que as suas necessidades sejam levadas a sério.
3. Confiamos que ela nasceu inocente, amorosa e confiante. Não precisamos "moldar sua personalidade", ensinar que a vida é dura ou treiná-la para ser uma pessoa amorosa - ela já nasceu assim e só precisamos celebrar, apoiar e nutrir essa disposição.
4. Não temos que lhe dar lições de vida - a vida fornece suas próprias lições e frustrações.
5. Reconhecemos que - se soubermos escutar - nosso filho nos ensina de um modo muito bonito o quê é o amor (1).
6. Compreendemos que se a criança for "mal-comportada", em vez de reagir, devemos sempre investigar o que está a acontecer na sua vida: que problemas, frustrações ou sustos, confusões ou situações difíceis ela enfrentou recentemente. Também precisamos investigar se não fomos nós que, intencionalmente ou não, provocamos essa situação. É nossa tarefa sermos pais sensíveis e satisfazermos as necessidades de nossos filhos; não é tarefa dos filhos satisfazer a nossa necessidade de crianças quietinhas e perfeitamente bem-comportadas.
7. Compreendemos que é injusto e irreal esperar que uma criança tenha um comportamento exemplar sempre; afinal, os adultos também não conseguem fazer isso. Mas por trás de todo o castigo está implícita a expectativa de que a criança pode e deve comportar-se exemplarmente o tempo todo; não há liberdade de acção.
8. Percebemos que o assim chamado "mau comportamento", nada mais é do que a tentativa de uma criança comunicar necessidades importantes da melhor forma que pode, em vista das circunstâncias e de sua experiência anterior. "Mau comportamento" é um sinal de que necessidades importantes foram negligenciadas - por nós ou por outras pessoas na vida da criança. Não devemos ignorar esse comportamento assim como não devemos ignorar um alarme de incêndio. Devemos ver o "mau comportamento" como uma oportunidade de reavaliar as nossas próprias atitudes, de entender as necessidades de nossos filhos e de satisfazer essas necessidades da melhor forma possível.
Como Albert Einstein escreveu: "por trás de cada dificuldade há uma oportunidade". Isso aplica-se a qualquer situação, mas é ainda mais verdadeiro na relação entre pais e filhos. Por exemplo, se uma criança atira uma bola no meio da rua, essa é uma oportunidade de lhe ensinar medidas de segurança, treinando-a para situações semelhantes no futuro. O pai poderia pedir ao filho que jogasse a bola na rua de propósito e viesse chamá-lo para contar o que aconteceu. Desse modo ele aprenderia uma lição verdadeira: é o pai quem precisa passar mais tempo ensinando segurança e não a criança quem deve de algum modo saber o quê fazer, quando é evidente que não sabe. O castigo é a reacção mais nociva: é injusto, desconcertante, confunde e distrai a criança do aprendizado necessário. Em vez disso deveríamos ensinar a criança na hora, com delicadeza e respeito. Esse é o melhor modo de ensinar.
A parentagem de apego permite que a criança aprenda a confiar em si mesma, compreender a si mesma e tornar-se capaz de aproveitar o tempo de sua vida adulta com criatividade e sentido, em vez de gastar seu tempo lidando com as feridas da infância de um modo que possa prejudicar a si mesma ou aos outros. Um adulto que não precise resolver seu passado pode viver plenamente o presente.
Lembrando a Regra de Ouro, parentagem de apego é criar um filho do modo como gostaríamos de ter sido tratados na infância, do modo como gostaríamos que todos nos tratassem hoje e como queremos que nossos netos venham a ser tratados. Com a parentagem de apego, estamos a dar um exemplo de amor e confiança.
Nossos filhos merecem aprender o que é a compaixão e aprendem isso principalmente pelo nosso exemplo. Se os nossos filhos não aprenderem connosco a ter compaixão, com quem vão aprender? O ponto de partida é que todas as crianças se comportam tão bem quanto são tratadas - por seus pais e por todas as pessoas em sua vida.
Elliot Barker é um psiquiatra canadense, director da Sociedade Canadense para a Prevenção da Crueldade contra as Crianças (Canadian Society for the Prevention of Cruelty for Children) . Ele define dois aspectos da parentagem de apego:
1. Querer e ser capaz de se colocar no lugar de seu filho para identificar correctamente os seus sentimentos.
2. Querer e ser capaz de tratar seu filho de um modo que leve esses sentimentos em conta.
Resumindo, parentagem de apego é amar e confiar em nossos filhos. Se formos capazes de fazer isso, eles serão capazes por sua vez de confiar em nós, confiar nos outros e ser pessoas confiáveis eles mesmos. O educador John Holt já disse que tudo o que ele escreveu pode ser resumido em poucas palavras: "confie nas crianças". Esse é o presente mais precioso que nós podemos dar a nossos filhos.
(1) Veja 'The Little Goo-Roo' de Jan e Tracy Kirschner ( Atlas Press, 1997).

segunda-feira, novembro 28, 2005

Workshop "Dar Colo"

Estão abertas as inscrições para Workshop do Clube do Pano a realizar no próximo dia 7 de Janeiro, pelas 14:30 (duas horas aproximadamente) na seguinte morada:

Rua de Santa Teresinha nº 12 - Lagariça – Loures

A formação inclui:

• Explicação sobre o pano em si – textura e cores, tecelagem
• Como surgiu,
• Os benefícios do seu uso,
• A importância do toque;
• Distribuição de fotocópias;
• Demonstração dos vários nós;
• Se concordarem, tirar foto de grupo das mães presentes;
• Conversa com Sofia Valente, que conviveu de perto com os benefícios do uso do pano em Moçambique;

Custo 10€ por participante

Inscrições prévias Zélia 918253141 ou Sofia 917308718


Certos de que os panos fazem bebés felizes,

Clube do Pano

sexta-feira, novembro 18, 2005

Mais fotos



Karla Cysne e Luis Rodrigues e o filhote Guilherme Rodrigues

quinta-feira, novembro 10, 2005

Convite


Rafael (8 meses)
Convidam-se todo(a)s os cangurus a mostrarem fotos suas com os seus filhotes no pano ou só dos filhotes num pano!!!

Enviem as vossas fotos para o clube com o respectivo nome e localidade para serem afixados no blog!

Um abraço
Zelia

segunda-feira, novembro 07, 2005

Workshop - As DOULAS na Humanização do Parto em Portugal

“Na sociedade contemporânea, em que o parto sofreu um processo de
industrialização, e foi reduzido em grande parte a um acto médico, urge
redescobrir a verdadeira natureza de dar à luz”

Carla Guiomar


Data e Horário: 20 de Novembro (Domingo), das 10h às 12.30 e das 14h às 17h.


Local: Lisboa, Delegação Regional do IPJ, Rua de Moscavide, Lote 47101, Lisboa, Expo.


Temas:

O que é um parto humanizado

A necessidade urgente de humanização do parto em Portugal

As doulas: benefícios e vantagens

O corpo da mulher como máquina e como objecto

O parto fisiológico

As necessidades básicas da mulher em trabalho de parto

Controvérsias hospitalares



Destinatários:

Profissionais de saúde, grávidas, público em geral.

Nº de participantes:

35 (Admissão por ordem de chegada da inscrição)

Formadora.

Doula Luísa Condeço, Co-Fundadora da Associação Doulas de Portugal

Preço de Inscrição

Até 11 Nov. 2005 – 50 euros
Até 17 Nov. 2005 – 70 euros

Transferência bancária para o NIB 0036 0308 99100002994 07

ou cheque à ordem de Maria Luísa Condeço

Contactos: 967624505 / 916826150

domingo, outubro 30, 2005

Frutos da Missão em Lichinga! (Cartas que nos ajudam a continuar)

Frutos da Missão em Lichinga!

Chamo-lhe assim… fruto da minha Missão em Lichinga!

Estava eu aqui… de blog em blog… a carregar em blogs de outros blogs… quando cliquei no Clube do Pano!

Fiquei com um sorriso gigante por ter descoberto alguém em Portugal que adora capulanas como eu!

Em Lichinga descobri esta paixão… as Capulanas!
A ternura, o afecto, o amor… que une as mães e os filhos com uma capulana… a cumplicidade… a afectividade que se cria… os miminhos que se trocam… a vivência do dia a dia… o cheiro… o tacto… o contacto… a cooperação… a alimentação… a chucha… a relação…

Foi esta ligação… esta forte e intensa ligação… que me apaixonou…

Como Educadora de Infância… muitas vezes insisto com os pais na importância do contacto físico, na importância da afectividade, da demonstração de carinho…do exagero de horas que os filhos passam em Creches e Jardins de Infância, com babysitters e amas… enfim… em Lichinga… é diferente… mães a tempo inteiro!

Mães que trabalham…
Mães que cultivam a terra…
Mães que cozinham…
Mães que lavam a roupa…
Mães que carregam madeira à cabeça…
Mães que carregam o filho na capulana… Sempre!
Mães… MÃES…

É desta ligação… deste laço… desta cultura… desta forma de ser… desta forma de estar na vida… que quero fazer parte…

Hoje sei que com a capulana… serei uma mãe diferente… certamente, mais próxima do meu filho! (ainda me faltam uns aninhos…)

E aqui, em Portugal… encontrei a Zélia!
A fundadora do Clube do Pano!

Hoje tenho um pano dela e ela uma capulana de Lichinga!

A vida é feita de coisas assim… que nos tornam felizes… que nos fazem crescer com os Outros… feita de trocas… feita de pessoas!

Sofia Valente

Nota do clube: Entre o Clube e a Sofia houve uma pequena troca de "panos/capulanas" que foram o começo de uma amizade que esperamos dar mais frutos... para que os panos cheguem a mais bebés:)

sábado, outubro 29, 2005

Formação em Loures


Estão abertas as inscrições para formação do pano a realizar no próximo dia 3 de Dezembro, pelas 14:30 na seguinte morada:

Rua de Santa Teresinha nº 12 - Lagariça – Loures


A formação inclui:


* explicação sobre o pano em si – textura e cores, tecelagem,
* como surgiu,
* os benefícios do seu uso,
* falar na minha própria experiência (tenho um filho com 8 meses),
* distribuição de fotocópias
* Demonstração dos vários nós
* Se concordarem, tirar foto de grupo das mães presentes
* Conversa com Sofia Valente, que conviveu de perto com os benefícios do uso do pano em Moçambique



Custo 10€ por bebé


Inscrições prévias Zélia 918253141 ou Sofia 917308718



Certos de que os panos fazem bebés felizes,



Clube do Pano
Foto tirada em: Missão de Voluntariado em Lichinga - Moçambique, Agosto de 2005 - Sofia Valente

Clube do Pano - Fundadores



E aqui está a Mamã e o Papá Canguru Zelia e César... e o Rafa, verdadeiro causador do movimento "Clube do Pano"!!!

Fotos de Pais Canguru



Pai: Francisco
Mãe: Catarina
Filha: Ana Rita (2,5 meses)


"fotos gentilmente cedidas por Francisco Sancho"

terça-feira, outubro 25, 2005

De pequenina...


"Tinha cerca de cinco anos quando esta foto foi tirada. Passava as
tardes a
pedir à minha Avó Teresa para me colocar o pano para eu dar colinho ao
meu
"filhote" e ter as mãos livres para continuar a fazer travessuras.
A minha Avó era originária de Taiwan e foi neste mesmo lenço que
carregou, um a um, os seus sete filhos. Os últimos cinco filhos já
nasceram em Portugal e o facto de os carregar no pano foi
uma autêntica revolução para a época (décadas de 40/50).

Sou Mãe do Vasco, com dois anos e em breve o serei também do André. Se
com o
Vasco aprendi, por instinto, a importância do colo e do contacto
físico,
pele com pele, com o André vou concerteza enriquecer esta experiência
com todos
os benefícios de o embalar no pano."

Bárbara Yu, 30 anos, Matosinhos.

quarta-feira, outubro 19, 2005

2ª Reunião NINO


Querida Mamã Canguru…


Vai realizar-se a segunda reunião NINO, desta feita no café Populus, sito no Parque das Caldas da Rainha, dia 1 de Novembro pelas 11 horas.

Estas reuniões, para quem não conhece, são reuniões da Organização Nine In Nine Out (Nove dentro, Nove fora), que se dedica a dar apoio voluntário a mães que aderiram ao uso deste tipo de colinho especial. Não é uma aula, é só um pequeno convívio, onde se poderão trocar experiências, conversar, esclarecer dúvidas…

Quem quiser levar uma amiga interessada, poderá fazê-lo, e desta vez, por ser no parque, toca a levar os maridos ou companheiros!

Se puderem confirmar para o 918253141, ou para o clubedopano@yhoo.com seria bom, apesar de ser uma reunião informal, só para ter ideia de quem vai aparecer!

segunda-feira, outubro 17, 2005

O modo de vida Rebozo - por Barbara Wishingrad

O modo de vida REBOZO
por Barbara Wishingrad


Em 1983, vendi quase todos os meus bens e entrei no autocarro a caminho do México e de uma nova vida – sentei-me ao lado dum velho amigo e novo amor, o homem que eu escolhi para ser pai dos meus filhos, e carregámos connosco os sonhos de esperança e determinação de fazer o bem, que leva muitos de nós a ser pais - verdadeiro acto de fé no futuro da humanidade.
A noção vaga de que queríamos poupar-nos e ás nossas crianças das neuroses da civilização e um desejo de observar e participar numa cultura onde os braços da mãe são o lugar certo para uma criança eram razões suficientes para fazermos esta mudança.
Quando o meu primeiro filho, Van, nasceu, em Maio de 1985, já tinha praticado com uma série de rebozos tradicionais (Xailes mexicanos usados por mães e meninas de todas as idades, para aquecimento ou protecção do sol forte, durante cerimonias ou para carregar qualquer coisa que seja necessário, mercadorias, bebés pequenos ou crianças), e depressa encontrei uma maneira de segurar o meu filho perto de mim enquanto tinha as mãos livres… Sendo ricos em espírito, parcos em bens materiais, e ciganos por escolha e negócio (comprando e vendendo pedras e têxteis, e a nossa própria joalharia), entramos em contacto diário com os indígenas do México. Assim, descobrimos em primeira mão as suas crenças e práticas sobre bebés e vida familiar.
Fiquei deliciada por descobrir que valorizavam os tradicionais “quarenta dias” de repouso pós parto como o tempo para as mães e bebés ficarem em casa, muitas vezes na cama, com muito tempo para “se apaixonarem” para se conhecerem, as necessidades e os ritmos, e para recuperar do esforço físico de dar à luz. Quando levei o Van para se registar, dezasseis dias após o seu nascimento, os vizinhos avisaram-nos para não deixar terceiros olharem para o seu rosto, para que não fosse afectado pelo olhar do mal.
Enquanto ele crescia, e quando viajávamos em camionetas através do país, fui atingida pelo amor e pela aceitação que tem por bebés. Em cada lugar mulheres, raparigas e até homens pediam para pegar e brincar com o bebé, e cumprimentavam-no directamente (e a mim) quando nos cruzávamos. O bebé não era um aborrecimento ou uma peste cujo lugar era num quarto silencioso, longe da sociedade. De facto, crianças de todas as idades acompanham os pais nos seus negócios, recados e no seu trabalho, por vezes – pela necessidade, talvez, mas também por amor. A aceitação é genuína e inocente, assim evitando o receio dos estranhos e dos raptos tão focados nos Estados Unidos, e permitindo a norma, por exemplo, de crianças de todas as idades esperando em filas com os pais, onde são distraídos por adultos caso mostrem sinais de impaciência ao invés de serem olhados fixamente e assim incitados a ser ainda mais inquietos.
O material de bebé, basicamente considerado necessidade no nosso vizinho do norte, é somente usado pelos que anseiam ser americanizados. Tradicionalmente, os bebés dormem na mesma cama que a mãe (ou ambos os pais, podem dormir numa rede que o meus pequenos adoram) e são segurados nos braços da mãe ou rebozo, ou por outro familiar querido, e não distanciados num assento de plástico, balouço ou deixados deitados num berço.
Os assentos para automóvel não são necessários, e os bebés podem ser levados nos braços dos pais, mesmo em carros privados. Quando em longas viagens com o meu segundo filho, Gaby, por vezes levava-o ao colo, amamentando “a pedido”, o que considero uma opção segura e amorosa. Os mais pequenos podem também dormir deitados no fundo do carro, num lugar seguro, sem estarem empoleirados ou caírem das suas faixas. Desta forma, estão protegidos na sua posição horizontal e no seu estado de relaxamento e bem-estar físico.
Apesar de no geral, haver menos carros, especialmente no meio da população indígena. Caminhar é o meio mais comum de transporte, e as pessoas não tem receio de carregar fardos pesados, tendo passado a vida toda a levantar coisas e a fazer trabalho físico pesado, no povo comum do México não se assume que se vão magoar por estar constantemente a carregar algo e até ficam mais fortes por isso. Também, a necessidade de carregar fardos pesados, para além das carregadas em burros e outros animais de carga, facilitam uma espécie de cooperação especial, especialmente entre membros duma mesma família. Uma coisa comum aqui perto dos mercados abertos é ver um par de adultos ou adolescentes, de ambos os sexos, cada um segurando com uma mão um saco de plástico entre os dois, carregadíssimo, andando lado a lado em perfeita harmonia, para qualquer lado que chamem casa.
Outra visão que ainda consegue maravilhar-me é ver rapazes adolescentes a andar de braço dado com as suas avós pela rua afora. Embora apreciem a companhia dos seus amigos, não se envergonham das suas relações familiares nesta idade, e as crianças normalmente vivem com os pais até estarem casados, e muitas vezes a seguir também. Afecto físico entre os membros duma família e amigos é normal, para qualquer idade ou sexo, e dois rapazes, ou uma rapariga adolescente com a sua mãe podem caminhar de mãos dadas como nós só fazemos com namorados ou crianças pequenas na nossa cultura. Raparigas em idade escolar e até homens feitos caminham abraçando-se mutuamente. Sou feliz por ver os meus filhos, agora sete e nove, poderem espontaneamente mostrar as suas emoções aqueles de quem gostam, mesmo se do mesmo sexo.
Nesta sociedade, cumprimentos apropriados e cortesia são muito importantes, e as crianças são ensinadas desde cedo a tomarem conhecimento de cada pessoa que contactam, não tendo em conta a idade. Desta forma, aprendem como são valiosos membros contributivos da sociedade, e não apêndices dos pais, ou invisíveis, como parece que são em muitos contextos sociais nos E.U. Quando um mexicano chega ao consultório de um médico, na sala de espera, advogado ou qualquer outra profissão, dá um cumprimento geral a todos os que estão já presentes antes de encontrar um lugar para se sentar. Quando são feitas apresentações, crianças e bebés são incluídos e as mãos são apertadas.
Acredito que é a importância que tem a família e a parte espiritual das vidas dos Mexicanos que faz do México um lugar seguro para se viver e criar crianças. Os meus filhos saltam para cima das suas bicicletas e atravessam a cidade, brincam sem vigilância nos parques, correm à loja da esquina mesmo meia hora depois de ter escurecido. É um alívio, e tão menos complicado e restritivo, saber que eles estarão seguros para explorar e gozar as suas perseguições de criança numa comunidade e nação onde são queridos e protegidos.
Para mim é importante saber que posso honrar e aprender com a cultura antigas, e continuar a honrar a minha pessoa e as minhas raízes. Isto significa em parte não romantizar os indígenas – todas as imagens que tenho partilhado são de facto preciosas e inspiradoras para mim. Tenho escolhido não enfatizar a falta de saneamento, a ignorância, pobreza e fome que são muitas vezes parte do cenário de grupos indígenas que ainda lutam para assimilar atitudes e materiais do séc. XX (plásticos, refrigerantes, etc). Não que não veja estas coisas, mas não são estas coisas que recebo como presentes destas pessoas.
Nota do Editor: Barbara Wishingrad, continua a viver e a criar os seus filhos no México após 12 anos. O Xaile tradicionalmente tecido (rebozo) e as várias maneiras de ser usado para carregar um bebé fascinaram e fizeram-na usar os seus próprios filhos assim e desenvolver o Projecto Educacional e Cultural o modo Rebozo, uma organização internacional dedicada a promover a Educação “em Braços”. Através de uma exposição fotográfica, um vídeo disponível em inglês e espanhol, brochuras sobre Rebozo como usar, historia, e assuntos relacionados, o modo Rebozo tenciona educar e informar os de culturas modernas que estão abertos a receber directrizes das culturas mais antigas, e usá-las no contexto da vida modernizada.

Tradução autorizada pela autora.
Zélia Évora – www.clubedopano.org

Foto da Mamã Canguru Silvia e bebé Canguru Carolina

quinta-feira, outubro 13, 2005

Uma Capulana de Moçambique


De vez em quando aparecem, nem sei como, pessoas que nos enriquecem… Esta semana “ganhei” uma capulana, originaria de Lichinga – Moçambique. Agora falta-me aprender a usá-la!
Brevemente teremos o prazer de ler sobre as mulheres Moçambicanas e da ligação que tem com os seus filhos. Como aprendem desde cedo a “dar colo”. Aqui está uma foto para abrir o apetite… gentilmente cedida pela Sofia, que viveu lado a lado com esta experiência.
Sofia, mais uma vez, Obrigada!
Zélia Évora

Foto tirada em: Missão de Voluntariado em Lichinga - Moçambique, Agosto de 2005 - Sofia Valente

Formação em Faro

Estão abertas as inscrições para a formação em Faro, a realizar no próximo dia 05 de Novembro pelas 14:30, na CRESCER – Centro de Educação e preparação para o nascimento, Horta do Ferragial, Lote 9, r/c Fte, Faro. Para fazer a inscrição é favor contactar a Crescer na morada referida ou através do telefone 91 9485391 (Sílvia Conde); O custo da formação será de 15€.

quarta-feira, outubro 12, 2005

Objectivos e Beneficios da Educação Intuitiva "em Braços"

Objectivos e Benefícios
De Educação Intuitiva “em Braços”

1. Uma relação diária e contínua com um dos educadores (normalmente a mãe) resulta no cuidado mais inteligente duma criança pequena. Os outros membros da família também devem providenciar uma presença constante e segura.
2. Um bebé “em Braços”, ou usado num xaile ou porta-bebés, move-se em unidade com o pai/mãe. As mãos do adulto estão livres para cuidar de outra crianças e executar outras tarefas. O bebé pode calmamente indicar quando deseja ser posto no chão ao invés de chorar quando quer ir ao colo.
3. Amamentar a pedido, resulta em auto controle e maior liberdade da criança sobre a sua alimentação e desejos.
4. Um bebé que chora e é atendido prontamente, aprende a confiar. Quando crianças estão habituadas a ser confortadas por pessoas e não coisas, as relações familiares tendem a manter-se simples. As casas tornam-se mais seguras, e mais fáceis de gerir se não estiverem atafulhadas com “coisas”
5. Crianças integradas na vida diária duma família e comunidade têm uma grande vantagem educacional. Bebés “em braços” estão mais tempo no estado consciente quieto de alerta, observando o que se passa ao seu redor dum ponto seguro. Crianças mais velhas aprendem lições que são relevantes e essenciais ao seu bem-estar.
6. Tanto os pais como as crianças têm as suas necessidades nutridas por uma comunicação sem pressas baseadas em interacções humanas. O respeito mostrado a crianças pequenas pelos pais reflectir-se-á nelas nos anos futuros
7. Arranjos flexíveis para os períodos de sono podem reduzir um sentimento de solidão e isolamento e providenciar segurança, dia e noite. Em culturas mais tradicionais, os membros duma família dormem no mesmo quarto ou cama. Quando todos os membros mesmo os bebés tem as suas necessidades básicas satisfeitas, um lugar apropriado pode ser encontrado para cada pessoa.
“Goals & Benefits of In-Arms Parenting” – The rebozo way - tradução do Clube do Pano, autorizada.

sexta-feira, outubro 07, 2005

NINO - Nine In, Nine Out - 1ª reunião


A reunião NINO foi, julgo, um sucesso… Éramos só cinco, mas, conseguimos fazer uma reunião informal e descontraída, e, uma das mães que não conseguia usar o pano saiu com o seu Miguel adormecido e aninhado no pano e junto ao peito, por isso, missão cumprida!

Para o próximo mês de Novembro, haverá outra em local e data a combinar… Preciso urgentemente dum espaço para fazê-la, maior do que a minha casa!

Quero aqui agradecer as Mães e aos Pais que compareceram e á Christine, pela sua ajuda e amizade! Sem vocês nada disto seria possível!

segunda-feira, outubro 03, 2005

Panos - Cores dos Guatemala

Formação em Santiago do Cacém


Mais mamãs e papás (melhor, um papá) e não só, que compareceram á formação... Desta vez em Santiago do Cacém, dia 1 de Outubro.
Quero agradecer desde já a participação activa de todos... E também aos bebés (mesmo os bebés que adormeceram no pano)... Sei que eles vão agradecer ao Pai e á Mãe, nos passeios pelo parque e não só!

segunda-feira, setembro 26, 2005

Primeira reunião NINO em Caldas da Rainha



Finalmente a primeira reunião NINO (www.nineinnineout.org)que se vai realizar na minha casa no próximo dia 5 de Outubro, que é feriado, pelas 16 horas... Faço um bolinho e um chá, e poderemos conversar um pouco sobre o PANO, e sobre as nossas experiências... esta reunião é voluntária, logo não tem quaisquer custos!
Quem quiser levar uma amiga interessada, poderá fazê-lo!
Neste momento é direccionada para o grupo de mães das Caldas, o que não significa que as outras nao possam aparecer... No entanto, agradecia a todas o especial favor de me telefonarem a confirmar!

O telefone de contacto é o 918253141, ou por email.

terça-feira, setembro 20, 2005

Relacionamento Mãe-Bebé

“Os Drs. Nicholas Cunningham e Elizabeth Ainsfield interessaram-se em determinar como afetava o relacionamento mãe-bebê e também o desenvolvimento deste o fato de a mãe carregá-lo num porta-bebês macio, em seus primeiros meses de vida. Os resultados preliminares revelaram diferenças significativas entre o grupo controle e o grupo experimental, com 15 bebês cada. Descobriu-se que as mães que levam os bebês em porta-bebês macios são, assim como os filhos, mais responsivas e coordenadas entre si que os pares de controle, com porta-bebês inflexíveis, de assento duro.” Nas palavras de Ashley Montagu (livro “Tocar: O significdo Humano da Pele” São Paulo – Summus – 1988 – Paginas 349 -350)


www.joyart.com.br

terça-feira, setembro 13, 2005

Excerto de livro Babywearing de Dra. Maria Blois

Usar o bebé no pano é benéfico para os bebés




Biologicamente, os bebés necessitam de ser carregados ao colo para que possam medrar. Estudos tem mostrado que, crianças bem nutridas e tratadas que são privadas do toque humano não conseguem medrar e podem até morrer. Boas coisas acontecem quando se dá colo ao bebé. Pesquisas tem mostrado que os bebés que são carregados ao colo:

• Choram menos: Estudos tem provado que quanto mais colo os bebés tem, menos choram. As consequências a longo prazo de deixar crianças chorarem sem responder só agora estão a começar a ser entendidas. Um estudo descobriu que deixar um bebé chorar permanentemente altera o sistema nervoso por inundar o cérebro em desenvolvimento com hormonas de stress. Isto faz com que estes bebés sejam hiper sensíveis a futuros traumas e pode levar a incidentes de stress pós traumático e distúrbios de pânico na idade adulta. Bebés que choram menos nos primeiros meses choram menos no ano seguinte. Responder rapidamente ao seu bebé quando chora é um investimento – quanto menos chorar agora, mais pacifico será o ano que vem. Vale a pena!

• São mais calmos e satisfeitos: Bebés que são levados num pano têm ritmo respiratório e cardíacos mais certos assim como temperatura interna constante. Ate um bebé prematuro pode ser levado de forma segura num pano, sem o perigo de comprometer o ritmo respiratório ou cardíaco. Bebés levados no pano regularmente são encorajados a sentirem-se satisfeitos e seguros.

• Dormem mais calmos: Manter o bebé perto de si ajuda-o a organizar os ciclos do sono. As sestas são em movimento, perto do coração da mãe e a noite é escura e ainda com um pai/mãe por perto. Isto ajuda o bebé a diferenciar o dia da noite, um passo importante para períodos de sono mais prolongados de noite. Um estudo de crianças prematuras indicou que os bebés tinham intervalos maiores de sono “descansado” quando tinham contacto pele-com-pele com a mãe.

• Comem melhor, ganham peso mais facilmente: Pesquisa tem demonstrado que bebés prematuros que são tocados e com colo ganham peso mais facilmente e são mais saudáveis do que bebes que não são. Bebés nascidos “no tempo” comem mais frequentemente quando junto ás mães.

• Tem melhor digestão: O movimento constante e frequentes mamadas associadas ao carregar o bebé no pano promovem boa digestão. Os bebés que são transportados num pano bolsam menos. Bebés com refluxo gastrointestinal podem beneficiar por serem levados na posição correcta após uma refeição. Quando o bebé está nesta posição a força da gravidade ajuda a manter o ácido no estômago, onde pertence. A maior parte destes bebes ultrapassam este problema.

• Desenvolvem melhor: Bebés que a quem se dá colo experimentam o toque e movimento humano. Este estímulo tem mostrado ter um efeito positivo no desenvolvimento do bebé. Levar o bebé no pano desenvolve destreza motora por estimular o equilíbrio. O bebé está continuamente a reajustar-se enquanto a mãe se movimenta, usando os músculos em desenvolvimento para manter a cabeça elevada, dar pontapés e usando os braços para se agarrar à mãe. Porque os panos são macios e não fazem pressão sobre a cabeça, há menor risco de plagiocefalia (cabeça assimétrica). Levar o bebé no pano naturalmente limita o tempo que o bebé passa em carrinhos de bebé ou cadeiras de automóvel. Leva-lo desta forma conta como Colo.

Existem outras vantagens físicas de ser levado desta forma. O pano ajuda no desenvolvimento das ancas. A formação das ancas do bebé não está completa no nascimento. A junta da anca continua em desenvolvimento nos primeiros meses de vida. Quando o bebé está colocado junto ao nosso corpo, à frente ou a trás, as suas pernas estão viradas para fora da anca. Esta posição ajuda no desenvolvimento correcto. De facto, crianças com problemas congénitos da anca são muitas vezes colocados nesta posição para ajudar a corrigir o problema.

As outras pessoas mantêm contacto visual com o bebe e falam com ele. Isto promove alerta visual e desenvolvimento da fala.

Os bebés levados num pano têm também a vantagens de observar a vida. O movimento ajuda o bebé a sentir que está a viver e não só a observar a vida. Quando os levamos no pano interagimos com eles mais prontamente.


Excerto de Babywearing: The benifits and Beauty of this ancient tradition de Maria Blois, edição 2005 - autorizado por Pharmasoft Publications e tradução por Zélia Évora clubedopano@yahoo.com autorizada pela autora

sexta-feira, setembro 09, 2005

Associação Portuguesa de Familias Numerosas

Exmos Senhores

É com grande alegria que se avisa que o extraordinário documentário "Vida no Ventre", produzido pela National Geographic, com imagens espectaculares da vida intra-uterina, desde a concepção até ao nascimento, vai ser de novo apresentado no canal National Geographic, na TV Cabo, na próxima segunda-feira, 12 de Setembro, às 20:00 (http://www.tvcabo.pt/TV/ProgramacaoTv.aspx?
programId=1542303&channelSigla=NG ).

É uma excelente oportunidade para se gravar e divulgar essa gravação, sobretudo a quantos continuam a afirmar que a vida humana começa mais tarde, pelo que deve ser permitido matar-se essa vida, contra toda a evidência científica que salta aos olhos de todos neste documentário!

Recomenda-se, ainda, que mostrem aos vossos filhos e outras crianças, para que vejam como eram "dentro da barriga da Mãe".

A versão em qualidade internet pode ser vista no nosso site em http://www.apfn.com.pt/documentario/index.htm

DIVULGUEM!

Cumprimentos

Fernando Castro
Presidente da Direcção

9 de Setembro de 2005

APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Rua 3A à Urbanização da Ameixoeira
Área 3, Lote 1, Loja A
1750-084 Lisboa

Tel: 217 552 603 - 917 219 197
Fax: 217 552 604

http://www.apfn.com.pt

terça-feira, setembro 06, 2005

Beneficios

Benefícios do uso do pano



Para a Mãe

• Liberdade de movimentos – fica com as mãos livres, pode-se dobrar, andar no meio duma multidão, fazer compras…
• Protege as nossas costas – se estiver bem colocado, pode transportar o bebé durante horas sem se tornar desconfortável.
• Aprende a entender melhor os sinais do bebé, através do contacto da pele e corpo, aprendendo a comunicar melhor com ele e conhecendo os sinais de fome, eliminação, etc.
• Sentem-se seguras por terem o bebé protegido junto ao corpo.




Para o Bebé

• Os bebés sentem-se bem ao colo – logo ficam felizes
• Liberdade de movimentos
• Peso do bebé está distribuído ao longo da coluna ao contrário dos porta-bebés convencionais que deixam as pernas penduradas (onde o peso é suportado pela base da coluna)
• Previne problemas da bacia, muito comum nos bebés... por causa do posicionamento correcto das pernas (abertas contra o nosso corpo e flectidas.)
• Desenvolve o equilíbrio
• Podem escolher dormir ou espreitar para o mundo cá fora - há inclusive uma marca de panos chamada “útero com vista” ( “womb with a view”);
• Sentem-se confortáveis com o cheiro da mãe que eles conhecem... e por estarem familiarizados com o bater do seu coração.
• Estudos feitos mostram que um bebé transportado num pano no primeiro ano de vida, torna-se mais independente, chora menos, cresce mais confiante, mais feliz, mais empático e sociável e desenvolve um sentido de compaixão e consciência mais apuradas.
• Está constantemente a receber estímulos do mundo exterior, que o ajudam a desenvolver-se de uma forma natural, segura, por estar em contacto com a mãe que serve de protecção e elo.
• Os países onde os bebés são criados num pano, tem menor índice de crime e violência
• O contacto mãe/filho desenvolve segurança e estabelece assim fundações psicológicas para todas as outras relações humanas
• Pesquisa confirma que desenvolve a inteligência

domingo, setembro 04, 2005

Foto Formação em Caldas


Pois aqui está a foto do grupo das mães que fizeram a formação dia 3 de Setembro... Infelizmente não foram todas, mas correu bem... falou-se de tudo um pouco.
Ah! é preciso convidar e convencer os pais... onde se metem os pais?


E aqui está uma das nossas "bebés pano"!

As outras fotos serão enviadas para os respectivos endereços de email! Quem não tiver email e quiser as fotos, pode contactar!

Mais uma vez obrigada!

sexta-feira, setembro 02, 2005

Método Mãe Canguru

Método Mãe-Canguru traz benefícios para mãe e filho



Contato pele a pele é capaz de reduzir o risco de doenças em bebês e diminuir o estresse materno. Método pode ser integrado ao trabalho das UTIs neonatais.

Bebês prematuros ou com peso abaixo do normal necessitam de cuidados intensivos ao nascer. O Método Mãe-Canguru (MMC) surgiu como uma alternativa para casos onde a assistência tradicional não fosse possível. A maneira como as mães carregam os filhos após o nascimento ¿ semelhante aos marsupiais ¿ dá nome a esta prática. Sonia Isoyama e Honorina de Almeida, pesquisadoras do Instituto de Saúde CIP/SES/SP, analisaram os benefícios deste método em relação à qualidade de vida e ao desenvolvimeto dos bebês.

A prática foi criada e implantada em 1979 na Colômbia e, desde então, vem sendo amplamente difundida. O Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, apóia a iniciativa desde o início devido aos resultados positivos na redução da mortalidade, aos benefícios psicológicos ¿ para mãe e filho - e ao baixo custo para implantação. Conforme artigo publicado no Jornal de Pediatria, ed.nov. 2004, o MMC, também conhecido como Cuidado Mãe Canguru ou Contato Pele a Pele foi originalmente idealizado diante da necessidade de se ¿dar alta precoce para recém-nascidos de baixo peso em situações críticas como falta de incubadoras, infecções cruzadas, ausência de recursos tecnológicos, desmame precoce, altas taxas de mortalidade neonatal e abandono materno¿. Para implementação do método, o contato pele a pele entre a mãe e o bebê era incentivado desde o nascimento ¿ sendo a criança colocada entre as mamas ¿. O leite materno deveria ser a única fonte de alimentação do recém-nascido. A alta precoce passou a ser indicada independente do peso do bebê, desde que suas condições clínicas fossem estáveis.

De lá para cá, muitas adaptações foram feitas e em 1992 o MMC foi aplicado pela primeira vez no Brasil . O Hospital Guilherme Álvaro de Santos, São Paulo e o Instituto Materno-Infantil de Pernambuco foram os pioneiros. A expansão da prática no país contribuiu para que se tornasse política pública, como ocorre na Colômbia, Peru, Moçambique e Indonésia. Em 2000, o Ministério da Saúde aprovou a Norma de Atenção Humanizada aos recém-nascidos de baixo peso, recomendando e definindo as diretrizes para a implantação do Método Mãe-Canguru nas unidades médico-assistenciais integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo as pesquisadoras ¿a Norma do Ministério propõe a aplicação do método em três etapas. A primeira tem início nas unidades neonatais (UTIN). Em seguida mãe e bebê são encaminhados às unidades canguru e, após a alta hospitalar, aos ambulatórios de seguimento¿.

A primeira etapa do programa consiste em dar acesso precoce dos pais à UTIN, estimulando a amamentação e a participação da mãe nos cuidados do bebê. O contato pele a pele tem início assim que o recém-nascido apresentar condições clínicas favoráveis. Para entrar na segunda etapa a criança deve ter alcançado estabilidade clínica, peso mínimo de 1.250g e ganho de peso maior que 15g. Mãe e bebê permanecem em enfermaria conjunta - denominada alojamento canguru -. Neste estágio, o bebê deve ser colocado na posição canguru sempre que possível. Para receber alta hospitalar e chegar a terceira etapa do processo, a mãe deve comprometer-se a realizar o método fora do ambiente hospitalar e retornar sempre que for preciso. Esta etapa termina, normalmente, quando o bebê atinge 2.500g. De acordo com o artigo, ¿a proposta brasileira para aplicação do MMC baseia-se em cinco pilares: cuidados individualizados, centrados nos pais; a estimulação precoce - e prazerosa - do contato pele a pele; o controle ambiental de luz e som; adequação postural para evitar futuros distúrbios funcionais; e a amamentação, capaz de prevenir doenças no primeiro ano de vida e fortalecer o vínculo entre a mãe e o bebê¿.

Segundo as pesquisadoras, as UTIs convencionais costumam impor a separação entre o bebê e sua família. Este afastamento, principalmente da mãe, pode levar a uma interferência negativa na formação dos laços afetivos. Para Sonia e Honorina,¿ existem evidências de que um contato íntimo da mãe com o bebê prematuro pode interferir positivamente na relação dessa criança com o mundo. A pele é maior órgão do corpo e recebe estímulos sensoriais em várias escalas. No MMC, o contato entre a pele do recém-nascido prematuro ¿ em especial do tórax - e sua mãe, pode promover várias mudanças no organismo dos dois. Os bebês apresentam redução do choro aos 6 meses de idade. As mães reduzem os sintomas de estresse, inclusive em casos que necessitam estadia hospitalar prolongada. O contato pele a pele também estimula a liberação de ocitocina pela mãe. Há indícios de que este hormônio seja capaz de interfirir positivamente no seu humor, além de facilitar o contato com o recém-nascido¿.

Ainda segundo o artigo, entre os principais benefícios da aplicação do Método Mãe-Canguru em bebês prematuros estão a capacidade de reduzir o risco de infecções hospitalares e do trato respiratório, o aumento no ganho de peso diário, melhor desenvolvimento mental e motor, além de períodos de sono mais tranqüilos e profundos. O aleitamento materno também é estimulado, já que, segundo estudos citados, as mães que praticam o método apresentam maior volume diário de produção de leite quando comparadas aquelas que não o seguem. O abandono da lactação também mostrou-se menos freqüente. Segundo as pesquisadoras, ¿o MMC foi proposto no Brasil com o objetivo de humanizar a assistência ao recém-nascido prematuro e estreitar o vínculo mãe-bebê - semelhante ao que ocorre nos países desenvolvidos - e não em substituição a tecnologia das unidades neonatais. Pesquisas sobre a efetividade dessa estratégia no contexto brasileiro são fundamentais para fornecer subsídios e apontar caminhos para a organização da assistência canguru em nosso país¿.

Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)
GRUPO ORIGEM - 14:17
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quarta-feira, agosto 31, 2005

Formação em Santiago do Cacém

Os pais interessados em fazer formação do pano em Santiago do Cacém, poderão fazê-lo no próximo dia 1 de Outubro, de tarde (hora a definir…), no Jardim Municipal de Santiago do Cacém!

Custo: 12€

As inscrições podem ser feitas através do Clube ou na Loja Emporium Verdi (Avenida do Mercado) em Santiago do Cacém!

A formação inclui:

inclui:

• Ficha de inscrição – para ter acesso a emails e moradas para envio de futura documentação
• explicação sobre o pano em si – textura e cores, tecelagem,
• como surgiu,
• os benefícios do seu uso,
• falar na minha própria experiência (tenho um filho com 5 meses),
• distribuição de fotocópias
• Demonstração dos vários nós
• Se concordarem, tirar foto de grupo das mães locais…

Formação em Caldas da Rainha

Finalmente irá ser realizada no próximo dia 3 de Setemebro, formação do pano!!!
Já temos algumas inscrições, mas quem quiser ainda se pode inscrever! LEVAR OS PAIS!!!

Local: Parque das Caldas da Rainha.
Hora: 10 horas no POPULUS!

Inscrevam-se atraves do 918253141 ou por email: clubedopano@yahoo.com

Vai ser BOM :)

segunda-feira, agosto 29, 2005

Formação em Palmela


Aqui está a foto da primeira formação oficial do clube:) no passado mês de Julho...

Mães humanas feitas para carregar seus bebés

“A comparação da composição do leite materno leva a acreditar que os humanos foram feitos para carregar os seus bebés (Lozoff & Brittenham, 1979; McKenna et al., 1993). O leite materno dos mamíferos que deixam os seus filhotes em ninhos ou locais seguros entre mamadas, é leite rico em proteínas e gordura. O leite dos mamíferos que carregam os seus bebés, que os filhos seguem ou hibernam com a mãe, tem leite com mais baixo teor de proteína e gordura. O leite humano é bastante mais baixo em proteínas e gordura, identificando mamadas frequentes e contacto materno abundante como padrão correcto para cuidar dos bebés humanos. Caso acredite que os humanos evoluíram ou que foram criados por Deus, é muito claro pelo nosso próprio leite que as mães humanas foram feitas para carregar os seus filhos com elas.”

Em “Attachment parenting: a practical approach for the reduction of attachment disorders and the promotion of emotionally secure children.” Master’s thesis submitted to the faculty o bethel college
Por Tami E. Breazeale

sexta-feira, agosto 26, 2005

Pele com Pele


Quando o meu filho nasceu ensinou-me a arte de dar colo!
Com a ajuda do pano porta-bebés, é possível dar-lhe mais colo...
Aprendi que as mães que carregam os seus filhos no seu dia-a-dia, de que só via fotos e lia histórias de mundos distantes, tinham mesmo razão -

- dar colo faz bebés felizes!!!

Criei este blog para poder chegar a mais mamãs, papás... e através deles a mais
bebés... Espero que consiga:)

"A mother's back is the babies medicine" - Provérbio Wolof